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Consignado CLT expõe falta de orientação e uso por impulso

  • Foto do escritor: Henrique Hahn
    Henrique Hahn
  • 25 de jul.
  • 1 min de leitura

Atualizado: 6 de nov.

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O crédito consignado para trabalhadores CLT, apesar de prometer juros mais baixos e fácil acesso, tem sido usado principalmente como uma solução emergencial para pagar dívidas mais caras, como cartão de crédito e cheque especial. Uma pesquisa da Abefin em parceria com o Instituto Axxus revela que essa modalidade de crédito já movimentou mais de R$ 14 bilhões, mas vem sendo contratada de forma impulsiva e sem planejamento, o que pode aprofundar o desequilíbrio financeiro das famílias brasileiras.


A pesquisa aponta que 54% dos tomadores não receberam orientação prévia, e 83% desconhecem a taxa de juros aplicada, que pode chegar a 7% ao mês. Mesmo assim, 87% afirmam não se arrepender da contratação, o que a Abefin interpreta como um falso sentimento de segurança. Muitos contratam o crédito sem avaliar seu impacto no orçamento ou comparar com outras modalidades, o que evidencia uma grave falta de educação financeira.


Outro ponto de preocupação é o uso do FGTS como garantia para o consignado, prática considerada arriscada pela Abefin. Embora 89% dos entrevistados soubessem dessa condição, a entidade alerta para a banalização de uma reserva que deveria ser usada apenas em momentos críticos. Essa decisão compromete a proteção futura do trabalhador em troca de liquidez imediata, frequentemente mal direcionada.


Por fim, a Abefin defende mudanças estruturais no modelo de concessão de crédito, incluindo campanhas obrigatórias de educação financeira, maior transparência nos custos dos empréstimos e a criação de uma plataforma pública de comparação de taxas. A entidade destaca que o problema não se limita a decisões individuais, mas envolve falhas sistêmicas que precisam ser enfrentadas por governos, bancos e empregadores.


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