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França pode implementar imposto para super-ricos em 2026

  • Foto do escritor: Henrique Hahn
    Henrique Hahn
  • 17 de set.
  • 1 min de leitura
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O primeiro-ministro francês, Sébastien Lecornu, estuda incluir no orçamento de 2026 uma taxação sobre grandes fortunas, conhecida como “taxa Zucman”, que prevê cobrar 2% anuais de patrimônios acima de 100 milhões de euros. A medida, elaborada pelo economista Gabriel Zucman, atingiria apenas 0,01% dos contribuintes e poderia gerar cerca de 20 bilhões de euros por ano, ajudando a reduzir o déficit público de 5,8% do PIB e a dívida de 114%. Lecornu busca apoio da oposição socialista para garantir maioria no Parlamento, após derrotas políticas de seus antecessores.


A proposta surge em meio a forte pressão popular por justiça fiscal, expressa em protestos recentes que reuniram 400 mil manifestantes, o dobro da mobilização anterior. Pesquisas indicam apoio de 86% dos franceses à taxação dos super-ricos e de 79% à redução de subsídios a grandes empresas, que em 2023 somaram 211 bilhões de euros. Esses números reforçam a cobrança social por mudanças na política econômica e por maior equilíbrio na distribuição de recursos públicos.


Apesar do apoio popular, a proposta enfrenta resistência do empresariado e de setores políticos. A federação patronal Medef classificou a medida como uma “forma de expropriação” e ameaçou mobilizações caso avance, enquanto partidos de direita e extrema direita também rejeitam a ideia. O debate sobre a taxa Zucman deve marcar as negociações do orçamento de 2026, em que o governo tentará conciliar demandas de justiça fiscal com a manutenção da estabilidade econômica e política.




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